A memória de um ‘falso positivo’

Conflito, memória e reflexão.

Andrés Esteban Marín-Marín
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Orlinda Mesa, víctima del conflicto, es guía y mediadora del Museo Casa de la Memoria. Foto tomada en 2014.

Em 200 palavras:

Em uma ocasião, enquanto coletava informações para um trabalho acadêmico durante meu mestrado em comunicação, conheci Dona Orlinda Mesa. Enquanto caminhávamos nos arredores do Museu Casa da Memória, em Medellín, Colômbia, ela compartilhou comigo histórias desgarradoras deixadas pelo conflito armado colombiano.

Dona Orlinda recordou seu filho Andrés Felipe, de 18 anos, que foi morto em um suposto combate em Segovia, Antioquia, em 2007, e apresentado como um dos principais guerrilheiros que ameaçavam a região.

O rapaz foi enganado. Um amigo lhe disse que em uma fazenda estavam precisando de trabalhadores. Ele, imediatamente, partiu em busca de oportunidades.

«Veja aqui!», exclamou Dona Orlinda e indicou que ali, no jardim do museu, estava o nome de seu filho. Ajoelhou-se, olhou para o céu e, em seguida, tirou um lenço do bolso e limpou a placa comemorativa.

«O exército nunca reconheceu o assassinato. O número de munições gastas no suposto combate nunca foi relatado», acrescentou com resignação.

Em 2011, quando se completaram os quatro anos dos acontecimentos, entregaram-lhe os restos de seu filho. No entanto, foram anos de investigação para provar que se tratava de um ‘falso positivo’.

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Periodista, especialista en Gerencia de la Comunicación con Sistemas de Información, magíster en Comunicación, maestrando en Ciencia, Tecnología y Sociedad de la Universidad Nacional de Quilmes (Argentina), exárbitro de fútbol, Líder Catalizador de la Innovación y profe universitario.
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